segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Virada com goleada




Após a virada/goleada bugrina tentei lembrar de algum fato parecido, no futebol brasileiro.
A primeira virada/goleada que lembrei-me foi pra mim bem indigesta. Meu Fluzão, tomou uma virada/goleada histórica do Santos na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1995. Ganhou a primeira de 4x1 no Maracanã. O jogo foi no início de dezembro, daquele ano. No primeiro tempo o domínio foi total do "Peixe'' que fez 1 a 0 com Giovanni, dois empates classificariam o Santos para a grande final. No segundo tempo, sob o comando do já experiente atacante Renato Gaúcho, o Fluminense arrasou goleando por 4 a1. Parecia que a vaga seria nossa...


No segundo jogo, que rolou no Pacaembu, a virada veio com goleada. Além do resultado, o meia Giovanni, fez uma atuação brilhante, jogou muito e o tricolor mesmo tentando esboçar uma reação no primeiro tempo não conseguiu superar a equipe alvinegra. Perdeu por 5 a 2. O Santos chegou a final, porém quem conquistou o título foi o Botafogo de Túlio Maravilha.


Outra virada/goleada marcante foi a disputa entre Cuiabá e Remo que decidiram a Copa Verde de 2015. O primeiro jogo foi realizado no dia 30 de abril e o Remo goleou por 4 a 1 no Mangueirão, em Belém.


A finalíssima aconteceu no dia 7 de maio na Arena Pantanal e o impossível aconteceu. O clube mato-grossense não tomou conhecimento e atropelou o "Leão Azul"com o placar de 5 a 1. Com o resultado o Cuiabá não só conquistou o título inédito da Copa Verde como também uma vaga para a Copa Sul-Americana de 2016.


Meu chefe, Pierre Themotheo, torcedor fanático do Bahia, lembrou de uma virada com goleada feita pelo "Tricolor de Aço" em cima do Santa Cruz do Recife em 1981. Na época Bahia, Santa Cruz, Corinthians e Ponte Preta estavam no mesmo grupo no Campeonato Brasileiro. Os quatro se enfrentaram em turno e returno para decidir quem passava à próxima fase. No primeiro jogo em que as duas equipes nordestinas se encontraram deu Santa 4 a 0 no ''Mundão do Arruda'' em Recife.


Na última rodada, o Bahia precisava golear o tricolor pernambucano por 5 a 0 para passar de fase. Pior que buscar o resultado, foi ter que aturar as "apimentadas" provocações do atacante Dadá Maravilha. Ele havia declarado um dia antes que '' baiano só faz cinco quando acerta a quina da loto". Sob o comando de Aymoré Moreira, o Bahia entrou na Fonte Nova com "sangue nos olhos'', fechou o primeiro tempo com 3 a 0. A goleada foi completada aos 41 do segundo tempo com gol de Toninho Taino, porém antes, para dar um ''gostinho especial'',  Dadá havia perdido um gol feito. O triunfo de 5 a 0 sobre o Santa Cruz, até hoje é considerado uma das maiores glórias do clube baiano.



E você lembra de alguma virada/goleada histórica, em finais ou valendo classificação no futebol brasileiro?

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Lembranças de outras lambanças



Prioritário nas pautas dos principais programas esportivos matinais, a confusão do árbitro da Federação Catarinense de Futebol Sandro Meira Ricci foi amplamente questionada e debatida. Se ele soube ou não do erro através do VT, se ocorreram anulações e validações, a indecisão ficou agravada por ter justamente ocorrido na magnitude, na fervura de um Fla-Flu, onde preciosos pontos no Brasileirão estavam em disputa.

Lambanças como essa já aconteceram e em proporções muito maiores. O título de um Paulistão foi dividido em 1973 entre Santos e Portuguesa, após o árbitro Armando Marques errar na contagem dos batedores na final que foi decidida nos pênaltis. Armando prejudicou o Santos e de quebra a Federação Paulista é quem teve que partilhar o título daquele ano.

O pior ocorreu nas finais da Libertadores de 1962. O árbitro chileno Carlos Robles proporcionou um dos momentos mais constrangedores do torneio. O Santos decidiu com a raçuda equipe do Peñarol do Uruguai. Pelé, machucado não pôde jogar nas duas partidas. No primeiro jogo em 28 de julho de 1962, no Centenário em Montevidéu, o Santos vencera por 2 a 1, de virada. Bastava o empate na Vila para o "Peixe" levar o título. O jogo foi muito disputado e ocorreram muitas confusões. Spencer abriu o placar uruguaio, aos 15 minutos. Dorval empatou aos 27. Mengálvio virou o placar, aos 35 minutos do primeiro tempo. Na segunda etapa, Spencer, empatou mais uma vez, logo aos 3 minutos. Acusações que o meia uruguaio Sasía havia jogado terra nos olhos do goleiro Gilmar feita pelos jogadores santistas irritaram a torcida que acertou uma lata no bandeirinha Domingo Massaro Dada.

Depois de uma longa paralisação, foi dada a saída de bola e o próprio Sasía virou a partida para os uruguaios. Novos protestos santistas deixaram a Vila em polvorosa, o clima ficou pesado. A partir daí o arbitro simplesmente "fingiu"que apitou com medo de apanhar. Validou o gol de Pagão, aos 22 minutos para poder ir para casa sem arranhões. A torcida santista fez a festa, mas na súmula o árbitro informou que, por falta de segurança, encerrou oficialmente o jogo após o gol dos uruguaios, o que aconteceu depois foi encarado por ele como um amistoso. O placar no papel ficou Santos 2x3 Peñarol.



Uma terceira partida foi programada em campo neutro, foi escolhido o Monumental de Nuñez em Buenos Aires. A equipe do Santos, já com Pelé em campo, a contragosto jogou e venceu com sobras por 3 a 0. O detalhe ficou por conta da arbitragem. Para não levantar mais polêmicas, foi escolhido um juíz europeu. Quem conduziu a partida foi o holandês Léo Horn.


quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Far Play na vida


Mais do que um torcedor símbolo do Celtic de Glasgow, capital da Escócia, Rod Stewart mostrou ontem que é uma pessoa com grande coração e que segue à risca o fair play na sua essência. Torcedores do maior rival do Celtic, o Rangers, também de Glasgow, sofreram um acidente de ônibus no último sábado. O veículo trazia os torcedores que assistiram à vitória de 2x0 do Rangers sobre a equipe do Partick Thistledo no estádio Ibrox Park pelo Campeonato Escocês.

Dos 36 passageiros, 18 ainda estão no hospital, porém um torcedor, Ryan Baird, de 39 anos, faleceu. Logo após o acidente, a diretoria do Rangers criou um fundo para apoiar a família do torcedor. Ontem, Rod Stewart deixou de lado a rivalidade e fez uma doação generosa. O roqueiro disse: “Nos momentos tristes, somos uma grande família que ama o futebol. Apenas isso...”

Muita gente acha que Rod Stewart é escocês, na verdade ele nasceu em Londres. Seu pai, sim, é escocês e ex-jogador de futebol de times amadores de Glasgow e Londres. Seus dois irmãos mais velhos respiravam futebol o tempo todo, não seria estranho o cantor buscar a carreira nos gramados. Stewart chegou a jogar nas categorias de base do Brentfort, clube londrino que atualmente joga na segunda divisão inglesa, porém seu talento sempre foi os palcos.

Mesmo tornando-se um astro do rock, Rod Stewart nunca deixou de lado a paixão pelo futebol. Quando jovem tinha uma admiração pelo Arsenal de Londres, mas seu coração mudou para o Celtic após jantar em 1971 com Kenny Dalglish, então craque do clube de Glasgow. A paixão dele pela equipe beira ao fanatismo, já compôs uma música especial para a equipe alviverde “You’re in my heart”. Nos seus shows costuma chutar bolas do clube com seus autógrafos.

A adoração também é demonstrada pela sua seleção predileta. Mesmo sendo inglês, não esconde que torce pela seleção escocesa. Em 1977 invadiu o estádio de Wembley após a vitória por 2 a 1 sobre os ingleses pelo The International Championship, competição que envolvia as seleções da Inglaterra, Escócia, Gales e Irlanda do Norte (Irlanda antes de sua partição) de 1883 a 1984 (foto). Entusiasta do futebol, torce por clubes em outros países. Na Inglaterra, seu time é o Manchester United, e aqui no Brasil adotou o Fluminense após conhecer o craque Paulo César Caju, que então fazia parte da “Máquina Tricolor” (1975/1976).